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quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

BEM VINDOS À MINHA SAMPINHA! WELCOME TO MY SAMPINHA!

Pois é, a minha irmãzinha deu para mim uma linda máquina fotográfica digital, mas eu ainda estou aprendendo a mexer nela junto com a Mamãe. Já tiramos alguma fotos, mas ainda não sabemos editar no computador. Então, enquanto nós aprendemos a fazer a edição, eu resolvi escrever um pouquinho sobre esse meu pedacinho da cidade de São Paulo, a que chamo de Sampinha, diminutivo de Sampa, o apelido carinhoso que o cantor baiano Caetano Veloso deu à cidade de São Paulo quando chegou por aqui.

Minha Sampinha, contou-me Mamãe, nasceu há uma eternidade de quatrocentos e tantos anos passados e tinha terras verdejantes embevecedoras, banhadas pelos rios Pinheiros, Tiête, Anhangabaú e Tamanduatei, eram os campos de Piratininga, segundo o cacique Tibiriçá, chefe dos índios guainases. Os rios na época das chuvas enchiam e quando vazavam deixavam nas margens peixes (pirá em tupi), que morriam nas margens secos (tininga em tupi) pelo sol, em razão disso o nome campos de Piratininga. 


Então, um dia há muito tempo, uma gente esquisita e muito diferente dos índios chegou nos campos de Piratiniga. Gente que vinha lá do outro lados das grandes águas e resolveram ficar morando com os índios. E foi um tal de construir cabanas e depois construir casas até que surgiu uma vila,  a vila de São Paulo.  E essa gente nova foi construindo e construindo, pois sempre chegava mais gente para morar nos vales verdejantes. E a vila cresceu e tornou-se uma cidade, e seu povo era muito corajoso e bravo, e fizeram um brasão com um braço empunhado e forte e colocaram os dizeres em latim "Non ducor, duco," que quer dizer "Não sou conduzido, conduzo." Sem dúvida, tem tudo a ver com o meu nome, pois vou sempre pelo meu fucinho e não gosto que nada fique no meu caminho. Meu caminho é livre,  desimpedido e vou para onde quero.



Pois bem, então minha Sampinha cresceu e cresceu, sempre com mais gente chegando para viver aqui e ficou tão grande que os campos verdejantes desapareceram, levando com eles o rio Anhangabaú, que era aqui pertinho de onde eu moro. E como eu moro aqui, onde a cidade nasceu é que eu chamo de Sampinha, este pedacinho da cidade de São Paulo. Aqui cada cantinho conta uma história, histórias que ainda vou contar para vocês, quando Mamãe contá-las para mim.

Ontem, eu e Mamãe ficamos procurando vídeos no YouTube para mostrar um pouco da minha Sampinha para os visitantes do meu blog que não conhecem a cidade de São Paulo, eles também moram lá do outro lado das grandes águas, só espero que eles não queiram vir morar aqui também!!! Pois, se eles vierem não vai sobrar uma árvorezinha sequer para eu cheirar!!!! E o Piu-Piu, meu amigo passarinho, vai ficaria desconsolado sem seu ninho lá na árvore dele!!!!



Então, tudo bem, meus amigos aí do outro lado das grandes águas,  nós estamos combinados, vocês podem vir nos visitar, mas não fiquem por aqui não, já tem gente demais!!! O Brasil é grande e tem bastante lugar para morar, minha Sampinha precisa de cuidados, já está velhinha e merece só amor e carinho. Mamãe fica tristíssima quando vê Sampinha com as ruas sujas, prédios pixados, jardins mal tratados, como se ninguém amasse mais Sampinha como ela era amada antigamente. Eu digo para Mamãe que eu amo Sampinha muito, tanto que quando eu saio para passear não faço nenhuma sujeirinha nas calçadas, aguento firme até chegar em casa, aí eu vou no meu banheirinho... e Ufa! Faço meu pipi e outras coisinhas.

Assim sejam todos BEM VINDOS À SAMPINHA! No vídeo abaixo tem muitas imagens da minha SAMPINHA, do meu lar aqui nessa imensa megalópole, espero que gostem!!!! AUAUAU!!!!!



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